domingo, 22 de março de 2009

A bailarina trilha seu caminho pela corda-bamba com um pequeno guarda-chuva, que a ajuda a manter o equilíbrio. Alguém que acompanhava o espetáculo, horas depois, na mesma noite, passou a ser chamado de bêbado. E sua embriaguez não se deu graças a nenhuma bebida. O bêbado deixou-se embebedar pela graciosidade da cena à qual assistia, pela beleza da protagonista; embebedou-se disso, talvez, para esquecer os riscos que a equilibrista corria, lá no alto, sozinha com o guarda-chuva. E o bêbado foi, enfim, tomado pela dúvida: se a vida da pequenina não dependesse da corda, que guiava seus passos, e do guarda-chuva, que lhe dava equilíbrio, poderia ela trilhar, com leveza e precisão, o caminho que levaria a seus braços?

sábado, 21 de março de 2009

Como é que se diz?

A cena: uma cesta aguardava por aqueles produtos próximos à sua data de validade. Estaria vazia se uma rosa, e ela sozinha, não descansasse sobre sua superfície vazada.

Um dia, já valeu muito mais.