sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Incrível mesmo esse amor.
Foi uma conversa curta, mas agradável – nada além de uma despedida. Que creio ter sido dessa forma porque eu, finalmente, tive coragem suficiente para acenar.
Eis que meu amigo se aproxima e começamos a falar. O jogo que não jogamos, visitas, a câmera, adversidades, algumas adivinhas e risadas.
– Então vai morar sozinho mesmo?
– É o jeito, né... estudando em outra cidade. Ainda não sei se passei, e tem a segunda fase...
A pergunta seguinte ou foi ignorada, ou passou despercebida, e nem eu me lembro mais.
– … mas se ela passar em Comunicação, talvez eu não vá só.
Sorri, encantada. Ele não precisava dizer o nome dela. Eu sabia. E entendo os motivos dele para ter falado dessa forma. Ele sabe que eu sei, e que faço o mesmo, nas mesmas circunstâncias.

Acho que essas pessoas que amam trocam algum tipo de sinal, assim, sem querer.