sexta-feira, 24 de junho de 2011

A arte de Helena Morley e algum motivo

Construo castelos com riqueza de detalhes, baseados sempre em memórias e planos absurdos, sem rascunhos ou projetos. Por vezes fico cansada e eles são deixados de lado, meias-estruturas fantasmas que me assombram sempre que desprevenida; refúgios que podem desabar a qualquer momento. Talvez minha maior falha seja não conseguir abandoná-los por completo, sujeitando-me à nostalgia de algo que nunca existiu.

O que guardo em mim é uma vontade preguiçosa: uma arte doente, teimosa, que não sabe se expressar. Desajustada, talvez o resultado de um sem-número de coisas que formam minha consciência e conflitam constantemente.