terça-feira, 27 de outubro de 2009



Nunca concordei com Lennon e McCartney em If I Fell; não acredito que vá concordar um dia, e sempre me pergunto o que seria do amor sem as mãos.
As mãos falam - falam por nós, falam sozinhas, falam conosco. Sabem se expressar, têm senso crítico. Acompanham riso e pranto; quase têm vida própria! Sabem onde começar e quando parar. Temem, tremem, congelam. As que agridem são as mesmas que queimam; as que sangram, acolhem e acariciam.
Tocam, enroscam-se, conduzem, pedem, chamam. E são elas que, por fim, unem dois em uma só carne.