terça-feira, 27 de outubro de 2009



Nunca concordei com Lennon e McCartney em If I Fell; não acredito que vá concordar um dia, e sempre me pergunto o que seria do amor sem as mãos.
As mãos falam - falam por nós, falam sozinhas, falam conosco. Sabem se expressar, têm senso crítico. Acompanham riso e pranto; quase têm vida própria! Sabem onde começar e quando parar. Temem, tremem, congelam. As que agridem são as mesmas que queimam; as que sangram, acolhem e acariciam.
Tocam, enroscam-se, conduzem, pedem, chamam. E são elas que, por fim, unem dois em uma só carne.

6 comentários:

Gê Duarte disse...

Fiquei imaginando, quantas coisas mais podem "falar", as mãos, a respeito de cada um de nós...

***

Quando, estou amando, dependendo da maneira como a menina segura minha mão, fico completamente sem palavras... Não consigo pensar em coisa alguma... Não é por medo ou timidez. É que tudo vira sentimento.

O "eu te amo" vai lá na alma: direto, rápido e preciso, como o corte de uma katana em mãos hábeis, pegando todo o pensar desprevenido.

Incrivelmente, tudo para mim fica mais certo, ainda que mais distante da razão...

Fazemos o diálogo ganhar muito mais significado e sinceridade, e acabamos alcançando, e mostrando, aquilo que somos verdadeiramente. Emerge do coração o que temos de melhor.

Daí que os segundos, ao lado da menina que amo, viram eternidade...

***

Esse assunto que você trouxe à baila, Mariana, "dá pano pra muita manga". Ele é muito provocante!

Encheu-me de idéias e lhe digo que já estava a algum tempo, pensando no que poderia dizer sobre isso, aqui, sem ser tão prolixo...

Não deu pra dizer em menos. :P

Beijo grande no seu coração, Mariú!

Gê Duarte disse...

Errata: onde se lê "estava a algum tempo", o certo é "estava há algum tempo".

*O texto é meu, mas a língua é nossa... ;)

Teemothy disse...

Ultimamente tenho percebido que isso é algo que, embora se torne cada vez mais freqüente, não se torna banal. Toda vez é a mesma emoção, embora a sensação seja sempre diferente. É sempre melhor que a anterior.

Eu te agradeço por ter tornado isso cada vez mais freqüente; você sabe quando eu não estou muito bem e que isso é uma espécie de cura. Você sabe também que isso é o que me faz mais feliz atualmente. Nada se compara a segurar suas mãos - é absurdo como passo a me sentir mais próximo e conectado a você. Obrigado, Mariana.

E, só para constar, tenho muito ciúme de suas mãos, heh.

Teemothy disse...

Droga, não pude evitar a repetição de palavras!

Teemothy disse...

Ah, suas mãos!

Teemothy disse...

A propósito, tenho um ciúme muito, muito forte em relação a elas.

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